Seis docentes da Faculdade de Engenharia da UNILURIO iniciaram dia 10 de janeiro de 2024, em Maputo, uma ação de formação visando a certificação pedagógica de formadores (Certificado B) e a médio prazo a acreditação da Universidade como entidade certificadora. A formação é assegurada pela ANEP, através do Instituto D. Bosco, e insere-se no apoio ao projeto à instalação do Centro de Excelência de Formação de Formadores na Universidade/Pólo de Pemba.

Foram assegurados 3 webinars por especialistas internacionais nos temas da Investigação e ensino: “Contributos para a transição energética”, “Estudo do Calor da Terra e suas Aplicações em Exploração” e um 3º webinar sobre o tema da exploração O&G e os seus impactos na transição energética.

Links para as apresentações:

Investigação e ensino: contributos para a transição energética

Estudo do Calor da Terra e suas aplicações em Exploração

Transição Energética na África Sub-Sahariana

 

O Centro foi mobilado e equipado em 2023 com uma sala de formação, uma sala de reuniões, um espaço administrativo e uma sala de exposições.

No âmbito das atividades de instalação do Centro referido, no Pólo de Pemba da UNILURIO, a Faculdade de Engenharia adjudicou a um consultor externo a elaboração do Business Plan do Centro o qual foi apresentado, na sua versão provisória, a um Conselho Consultivo constituído por representantes do setor privado, da Academia e do projeto +EMPREGO.

Desenvolvido pelo CERENA/IST e que abrangeu 6 professores da UNILURIO e estruturado em 6 módulos – Economia circular e desenvolvimento sustentável, Gestão de Projeto & Ambiente e HST, Transição energética e transição digital, Engenharia de reservatórios, Engenharia de processos e Competências transversais.

Testemunhos
Recursos

Desenvolvido entre o CERENA do Instituto Superior Técnico e a UNILURIO

Designação e data dos webinars

O papel geoestratégico do gás natural na transição energética - 24 de junho

Objectivo

No Acordo de Paris, muitos países estabeleceram metas globais ambiciosas para estabilizar e reduzir as emissões de carbono para mitigar as mudanças climáticas. Grande parte dessas emissões é causada pela produção de eletricidade. O gás natural, por ter aproximadamente metade dos efeitos poluentes de CO2 quando comparado com outros combustíveis fósseis, é considerado um combustível de transição antes que a viabilidade tecnológica da energia renovável possa superar as necessidades de energia da sociedade. Porém, as incertezas e a complexidade da questão dividem as partes interessadas (político, comunidade científica, ONG e público) em fações conflituantes. O orador apresentou a sua visão sobre o papel do Gás Natural na transição energética, necessária para combatermos as climáticas e alcançarmos os objetivos do desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.

A importância da interpretação sísmica para o sucesso na exploração de hidrocarbonetos – 21 de julho

Objectivo

Foram apresentados diferentes casos de estudo usando dados sísmicos de diferente qualidade, para maturação de prospetos. A aplicabilidade de diferentes metodologias e processos foi igualmente mostrada. Identificar e lidar com ambas as limitações e potencias dos dados que temos (antigos ou novos, com boa ou ma qualidade) contribui grandemente para a gestão de expectativas e, em última análise, na tomada de melhores decisões.

Desafios tecnológicos na exploração petrolífera em águas profundas e o impacto da transição energética – 15 de setembro

Objectivo

Face ao atual e futuro cenário de alterações climáticas, a nossa sociedade viu-se confrontada com a necessidade de proceder à alteração da forma como produzimos e consumimos energia para alcançar a médio prazo uma redução significativa das emissões globais de gases de efeito de estufa. Este cenário de transição energética tem colocado novos desafios à indústria do petróleo gás, nomeadamente produzir mais energia a um custo menor e com menos emissões, em reservatórios cada vez mais profundos e mais complexos, como é o caso dos reservatórios em águas profundas No webinar o orador apresentou a sua visão sobre os desafios tecnológicos na exploração petrolífera em águas neste contexto particular da transição energética baseada na sua larga experiência como gestor de projetos internacionais na REPSOL.

Petróleo, da Negociação à Comercialização – 13 de outubro

Objectivo

Negociação e contratação, passando pela pesquisa, declaração de descoberta comercial, decisão final de investimentos (FID), construção das instalações de produção, até a comercialização do petróleo, bem como da forma como todas elas se articulam.

Infraestruturas de gás natural – do reservatório ao consumidor – 17 de novembro

Objectivo

Os avanços nas tecnologias de perfuração e extração de recursos tornaram o gás natural um dos recursos de energia fundamentais para a transição energética. As infraestruturas necessárias para a sua produção e utilização envolvem as condutas usadas para coletar, transportar e distribuir o gás natural desde os poços produtores até aos locais de consumo finais, as estações de compressão e medição, os depósitos ou tanques de armazenamento e as instalações de processamento. É um sistema complexo cuja interrupção ou estrangulamento em qualquer ponto da cadeia de processamento e transporte pode causar sérios problemas na sua distribuição.

Armazenamento geológico de CO2: Avaliação geológica, modelação, estimação de capacidades e monitorização – 9 de dezembro.

Objectivo

Durante os últimos anos companhias nacionais de petróleo e gás e universidades no Médio Oriente têm vindo a estudar e a implementar projetos pioneiros de captação, utilização e injeção de CO2 em reservatórios petrolíferos para aumentar o fator de recuperação das reservas. Alguns desses estudos foram publicados pela SPE (publicações 129609, 142623, 142665, 171967, 183203). Mais recentemente, e por questões ambientais, a indústria petrolífera está empenhada em encontrar soluções para o armazenamento do CO2 em formações geológicas. Neste seminário discutiram-se as considerações geológicas a ter em conta, os procedimentos para o cálculo das capacidades e injeção bem como as tecnologias disponíveis para a monitorização.